Ao receber a notícia de que, apenas 9 meses após ter sido contratado, Renê Simões encerra seu trabalho de diretor técnico da base do São Paulo, fiquei surpreso. Acreditava tratar-se de um projeto de longo alcance, coisa de uns 5 anos no mínimo. Um período suficiente para se avaliar seu trabalho e equacionar a relação custo-benefício. Mas assim não foi. E fica uma grande dúvida.
O que aconteceu? Houve a costumeira interferência de empresários, diretores e amigos de diretores, para direcionar a carreira dos garotos que mais lhes interessavam e Renê Simões perdeu essa briga desagradável? Ou o competente técnico sentiu que o ambiente não era propício ao trabalho de uma pessoa correta, e preferiu ir embora?
Do São Paulo, pelo visto, só teremos a explicação oficial, que nada esclarece. Renê Simões, por seu lado, apresentou uma versão, diplomaticamente indiscutível, falando em “projetos pessoais”. Uma versão que poderia ser comparada a uma nota de 3 dólares, tal sua credibilidade.
O que fica evidente é o encerramento de um trabalho de longo alcance que tinha provocado uma grande e positiva expectativa.