Ao assumir, como vice-presidente mais idoso, o comando da CBF após a renúncia de Teixeira, ficou claro que Marin, como hábil político que sempre foi, eliminaria toda a equipe de seu predecessor. E o faria de forma gradual, de forma a não provocar muito clamor popular e, mais do que isso, buscando situações em que sua intervenção fosse de certa forma a representação dos anseios e desejos dos torcedores.
Assim, após ter destituido o técnico Mano Menezes, e conseqüentemente jogado fora todo o seu trabalho, forçou o diretor de seleções, Andrés Sanches, a renunciar a seu cargo. Já que ficou praticamente sem ação exatamente no momento em que seu amigo Mano Menezes foi despedido e a ele sobrou apenas a desagradavel missão de comunicar-lhe o fato.
Agora, com a área limpa, sem mais nenhum elemento pertencente à era Teixeira, Marin vai armar a própria equipe, não sem antes ouvir os pareceres do Governo e assim ganhar importantes aliados. E não seria um bom e experiente político se não o fizesse.
Em função disso tudo, o que se pode esperar é termos Scolari como técnico da seleção que tentará obter o sexto título mundial, provavelmente acompanhado por um supervisor que poderá ser Parreira. Uma dupla de respeito e que pode funcionar a contento, sobretudo pelo fato da Copa ser, no fundo, uma competição de tiro curto ao longo da qual vaidades, necessidades de exposição em função dos patrocinadores e outros interesses dos principais jogadores poderão ser administrados sem muitos problemas. Sobretudo se o desfecho for feliz…caso contrário, ao ligar o ventilador muita gente ficará suja.
Marin completa “limpeza”
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