O amistoso de ontem à noite entre Brasil e Colombia, que terminou empatado por 1-1 e onde Neymar perdeu o penal que, muito provavelmente, teria dado a vitória à equipe nacional, foi um espetáculo agradável de se ver.
Duas equipes que fazem da posse de bola seu principal argumento, que raramente a rifam em chutões para a frente (a Colombia fez um pouco isso quando se encontrou acuada em seu campo) e que buscam o gol através combinações entre vários jogadores, permitiram aos espectadores sairem do estádio satisfeitos com o que viram.
Se da Colombia já se conhecia tudo, as atenções maiores se voltavam para o time que Mano Menezes está armando tendo como primeiro objetivo a Copa das Confederações e depois a Copa do Mundo. Neste processo ontem ele mandou a campo um time sem centroavante fixo, o homem mais adiantado sendo freqüentemente Neymar, e, logo atrás ou às vezes a seu lado uma dupla de meias composta por Kaká e Oscar.
O esquema é sedutor, quando à beleza do jogo que cria, e poderá ser aperfeiçoado com o tempo, mas, em minha opinião, não pode significar a total renuncia a um centroavante de referência, como pode ser Luis Fabiano, Fred ou Leandro Damião. Já que haverá jogos em que a tática sem centroavante poderá não aprovar ,e o Brasil deve ter, ao menos no banco, uma solução alternativa.
Pelo resto, tivemos um meio de campo criativo, com Paulinho e Ramires, enquanto Thiago Neves deixou a desejar e Leandro Castán mostrou (se é que havia necessidade, pois todos o conhecem de sobejo) que seu lugar não é na lateral, mas sim no miolo da zaga. Onde gostei mais de Thiago Silva que de David Luiz, embora, no conjunto, o setor tenha atuado a contento. Por fim, na lateral direita, o Brasil, com Daniel Alves, freqüentemente deixou amplos corredores ao contra-golpe colombiano, coisa que pode ser facilmente corrigida pelo técnico através um diferente posicionamento do jogador.
Em suma, em minha opinião este Brasil está no caminho certo, embora não se possa excluir a existência de outros esquemas, igualmente válidos.
Brasil, mais um passo à frente
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