No tênis costuma-se dizer, quando um set acaba 6-0, que um tenista jogou e o outro ficou vendo. Foi mais ou menos o que aconteceu em Malmö, na Suécia, no amistoso entre Brasil e Iraque que, desde o início, mostrou claramente ser apenas e tão somente um útil treino coletivo.
Mas este treino serviu para eliminar algumas dúvidas. Por exemplo, para mim ficou evidente que Kaká pode perfeitamente jogar junto com Oscar, os dois dando um toque de grande categoria à fase ofensiva do time brasileiro.
Outro ponto positivo foi a atuação de Neymar que, embora não apresente tão frequentemente como faz no Santos sua jogadas pessoais, foi sempre um elemento últil ao jogo ofensivo do Brasil. A ponto de quase todos os gols tenham tido a bola passando antes por seus pés, ou sua presença tenha atraido a atenção de alguns defensores, deixando espaços vazios na defesa do Irak.
Finalmente, vale destacar a contribuição ofensiva da dupla de zaga, onde David Luiz frequentemente se apresenta, sobretudo em jogadas de bola parada, para tentar a finalização. Enquanto Thiago Silva, reconquistando a bola na fase ofensiva do adversário, consegue começar rapidamente o contra-golpe com precisos lançamentos em profundidade.
Em suma, não existe razão para soltarmos rojões, mas foi um treino coletivo bastante útil e interessante. Vejamos agora o jogo de 3ª feira frente ao Japão…