Mesmo à distância, tenho seguido as polêmicas que dizem respeito à arbitragem aí no Brasil. Vale dizer que são polêmicas pertinentes, pois as tevês tem mostrado lances no mínimo duvidosos, onde as decisões dos árbitros nem sempre refletem o que, embora de outro ângulo (o árbitro está no plano dos jogadores, nós sempre acima), muitos críticos e espectadores viram.
Mas, se isto pode servir de consolo, posso garantir que o da arbitragem é um problema universal. Aqui na Itália tenho presenciado, ao vivo nos estádios em alguns casos, pelas tevês em outros, a lances duvidosos e decisões surpreendentes. E as críticas se fazem presentes também nos demais campeonatos europeus e se estendem aos jogos da Champions League e da Europa League.
A raiz do problema é que o progresso dos meios de informação, através de cada vez mais câmaras de tv presentes aos jogos, não pode ser acompanhado por igual progresso dos árbitros, que continuam tendo dois olhos e, embora em número maior respeito ao passado, são sujeitos a erros como todo ser humano. Além de serem obrigados a tomar suas decisões em frações de segundo, com muita dificuldade para eventualmente voltar atrás. E, isso tudo, acreditando na total honestidade dos árbitros.
Mas deve-se considerar – e este é o ponto crucial da história – que Deus, quando criou o homem, não produziu uma categorias especial : a dos árbitros (de futebol e de outros esportes, aliás). Uma categoria de seres infalíveis e incorruptíveis. Uma categoria inexistente em qualquer atividade humana, até mesmo na Igreja. Aí, então, podemos encontrar um começo de explicação para tantas polêmicas…