Finalmente a FIFA, após obter informalmente o ok da International Board, dobrou-se à evidência e aceitou o recurso à tecnologia para eliminar, de vez, o problema do gol fantasma.
Nos meses passados os aparelhos eletrônicos de duas firmas concorrentes superaram mais uma série de testes e foram aprovados, sendo que, muito provavelmente, o sistema (não se sabe ainda ao certo qual será escolhido, mas o Hawk-Eye é o favorito) fará sua estréia no Mundial inter-clubes, em dezembro, no Japão.
A Hawk-Eye baseia-se em 14 câmaras (sete atrás de cada gol) que reconstituem a exata posição da bola. Quando ela ultrapassa totalmente a linha do gol, um sinal é enviado ao árbitro que pode assim indicar o meio de campo, com total convicção. É um sistema parecido aquele já usado (com êxito) nos jogos de tenis.
Já o GoalRef é estruturado de forma diferente. Em cada meta são instaladas 10 antenas que criam um campo magnético. Também neste caso quando a bola, dotada de 3 microchips, supera a linha branca, o árbitro é avisado por meio de um sinal eletrônico em seu relógio.
Ambos os sistemas, porém, ainda são caros, seu preços oscilando entre 400 e 650 mil reais. O que levanta uma dúvida: qual a razão do sistema exaustivamente testado (e aprovado), instalado no campo da Udinese mais de 6 anos atrás, não ter sido usado, já que seu preço foi progressivamente reduzido ao longo do tempo e hoje representa praticamente nada? Más linguas juram que a firma inventora do processo, que se baseia também em câmaras instaladas na meta, não quis dar uma “caixinha” à FIFA…
Anterior