Quando Schumacher festejou, no pódio de Monza, seu sétimo título mundial e quinto consecutivo pela Ferrari, provavelmente não pensou como seria o momento em que decidisse abandonar a Fórmula 1. E quando deixou as pistas, foi por decisão própria, já que a Ferrari não ousaria manda-lo embora. Muito pelo contrário, quando necessitou de alguém para substituir temporariamente Felipe Massa, acidentado, o presidente Montezemolo logo pensou no alemão. Que, porém, não aceitou a ideia da clamorosa volta.
Mais tarde, porém, após ter tentado, sem exito, repetir nas motos o sucesso da F1 (muito pelo contrário, caiu e se machucou com certa gravidade), acabou encampando a ideia da Mercedes. A grande equipe alemã, com ele como piloto de ponta e com seu amigo Ross Brown na parte diretiva, foi um projeto que o fascinou. E que Schumacher acreditou daria certo. Nas pistas, porém, as coisas não correram como ele sonhou. Três anos, nenhum resultado de relevo, freqüentes derrotas para o companheiro Nico Rosberg que, no projeto, seria apenas o fiel escudeiro, como tinham sido Irvine, Barrichello e Massa na Ferrari. E agora, o pior. A Mercedes o liquida, como algo que não serve mais, substituindo-o com Hamilton. Pior do que isso, não lhe reserva nem mesmo um lugar de conselheiro, supervisor ou coisa parecida. Para dar um jeito no time, e colocar pressão em todo mundo, a começar por Ross Brown, chama o veterano Niki Lauda. Que será na Mercedes o que sempre desejou ser na Ferrari, e que, na época, a escolha de Jean Todt como líder em Maranello impediu fosse concretizada. Fica então a dúvida : como teria sido seu futuro, se tivesse ficado de vez longe das pistas, após deixar a Ferrari ?O fim de um ídolo
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