O clássico da Vila, com vitória do Santos sobre o Corinthians, mostrou, uma vez mais, que no atual time santista Neymar faz a diferença. E se trata de uma diferença fundamental, justificando amplamente todos os esforços que o clube faz para te-lo sempre à disposição. Como ocorreu no episódio do jatinho fretado para faze-lo retornar em poucas horas ao Brasil, após o jogo de Estocolmo, comemorativo do primeiro título mundial conquistado no já longínquo ano de 1958.
Contra o Corinthians, quando o adversário estava vencendo 1-0 e dominava o jogo, foi necessária uma jogada de Neymar para que o Santos alcançasse o empate. E, no segundo tempo, sua presença continuou sendo fundamental para o sucesso do Santos. Como deve normalmente ser fundamental em todo jogo de alto nível que o time da Vila irá disputar.
Dito isto, fica a forte polémica suscitada pela arbitragem, arbitragem essa severamente contestada pelo Corinthians que entende terem sido marcados irregularmente nada menos que 2 dos 3 gols santista. O que equivale dizer que, com arbitragem isenta, o Corinthians teria ganho, à exemplo do que aconteceu na semifinal da Libertadores. Se isto corresponde à verdade, é impossível garantir, pois a visão que o árbitro tem, estando em campo, é muito diferente da visão oferecida pelas câmaras de televisão, situadas num plano mais elevado e sempre num lugar diferente daquele em que o árbitro se situa.
Em minha opinião, contudo, é importante lembrar que, se num jogo eliminatório um erro de arbitragem pode decidir um torneio, num campeonato de turno e returno erros contra e erros a favor acabam se compensando e tornando nula a influência da arbitragem. A menos que ocorra uma deliberada intenção de prejudicar um time e favorecer outro…mas aí já é outra história.