O GP da Grã Bretanha mostrou que a Red Bull, graças ao novo pacote aerodinâmico apresentado no GP anterior, o da Europa, deu um passo à frente e hoje é superior tanto à Ferrari como à McLaren, suas duas diretas rivais. Em Valencia isto parecia clamoroso, já em Silverstone vimos que a superioridade, embora existente, não é tão definida assim e depende muito do rendimento dos pneus e de sua velocidade máxima, bem maior do que a da Ferrari.
Este item – a velocidade máxima – é o único ponto que a engenharia da Ferrari ainda não conseguiu eliminar quando, com grande rapidez na resposta, foi obrigada a alterar as caraterísticas do projeto original, que se revelara errado – e de forma clamroosa – já no primeiro GP da temporada. Mas é também o item mais dificil de corrigir pois exige uma re-projetação da fluidodinâmica interna, sobretudo intervindo tanto na colocação dos radiadores como (se possível) em seu tamanho. Sem prejudicar, como é óbvio, as temperaturas de funcionamento do grupo motor-transmissão.
É por essa razão que – hoje – a Ferrari deve se valer da capacidade de pilotagem de Alonso, em minha opinião o mais competo piloto da atualidade. para conseguir manter-se na liderança do Mundial de Pilotos
e avançar, do quinto, para o terceiro lugar na Taça de Construtures. Neste último item, extremamente importante pois é o que define, ao final do campeonato, a divisão de parte do dinheiro, começa a se sentir – finalmente – o positivo aporte de Massa que, com seu 4º lugar, levou para a equipe 10 preciosos pontos.
Aliás, a atuação de Massa sinaliza que o piloto brasileiro deixou para trás aquela fase incerta de seu início de campeonato e hoje possibilita inclusive avaliar melhor a relação de forças entre Red Bull e Ferrari. Com Massa duelando em parte da prova com Vettel, e depois não conseguindo alcança-lo para disputar um lugar no pódio, ficou claro que sem o incremento de alguns km/h na velocidade máxima, a luta será um pouco desigual.
Vale ainda ressaltar o lento mas contínuo progresso da Lotus-Renault, que colocou Raikkonen e Grosjean nos pontos (5º e 6º, respectivamente), fazendo entrever a possibilidade de que, em algum GP de caraterísticas especiais por acontecimentos ocorridos na pista, aconteça até mesmo uma vitória, sem que se possa depois rotula-la de surpreendente.
Uma anotação á parte cabe para a Williams, que não se coloca entre as melhores, mas que apresenta uma notável diferença nas atuações de seus dois pilotos. Um, Maldonado, oscila entre apresentações excelentes e outras muito inferiores, exatamente como acontecia quando ele disputava a GP2. Outro, Bruno Senna, mais consistente e linear em seu desempenho, mas sem conseguir um grande destaque. Foi o que vimos neste GP da Grã Bretanha, em que Maldonado pôs tudo a perder ao jogar fora da pista o “pobre” Perez. E se Maldonado, nos 8 GPs anteriores, tinha recebido nada menos que 5 punições, uma válida razão para isso deve existir.
Webber vence e Alonso mantém a liderança do mundial
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