Fernado Alonso, após ter dominado o treino oficial, triunfou, praticamente de ponta a ponta, no GP da Alemanha, mostrando, no momento em que a Ferrari lhe deu um carro no mesmo nível dos melhores (embora ainda ligeiramente inferior no item velocidade máxima), ser o melhor piloto da atual F1.
Um Gp sem erros, controlando o desgaste de pneus sem, para isso, deixar chegar os adversários a menos de meio segundo de distância, o que impediu qualquer tentativa de ultrapassagem. E deixando ainda a impressão que, se tivesse havido necessidade, poderia, em muitos momentos, tirar ainda um décimo de suas marcas.
O recado que lhe foi dado pelo seu engenheiro de pista, Bruno Stella, quando Hamilton, que estava uma volta atrás, parecia tentar supera-lo, foi aliás bem esclarecedor neste sentido: “mais duas ou três voltas dando tudo, e pit”. E Alonso seguiu a indicação, andou no limite e logo fez entender a Hamilton que não conseguiria supera-lo.
Para Vettel e Button ficou lutar pela segunda posição, uma luta que parecia ter sido decidida a favor do alemão, não fora a clara infração do regulamento cometida na ultrapassagem sobre o inglês, indo com as 4 rodas para fora da pista. E o regulamento é claro. Para quem ficou com uma ponta de dúvida, é só imaginar uma diferente situação: em lugar da área de escape asfaltada, uma área de escape com areia. Vettel teria ficado lá para sempre. Ou, pior, algo como no Canadá, um muro, e aí Vettel poderia até mesmo ter-se machucado.
Então a penalização de 20 segundos, que o fez retroceder ao quinto lugar, foi lógica. Apenas tirou de Raikkonen, que não tinha nada com a história, o prazer de subir ao pódio, embora tenha depois herdado o terceiro lugar.
Quanto aos demais, tiveram altos e baixos. Assim ficou a pálida apresentação de Webber, que largou em 8º e chegou em 8º, mostrando que não está na luta pelo título. O bom desempenho da Sauber-Ferrari com a dupla Kobayashi – Perez. A excelente corrida de Rosberg, que largou em 21º e acabou em 10º. O destaque de Hulkenberg, que largou em 4º e chegou em 9º com sua Force India. E, por fim, Schumacher, que iludiu muitos ao largar em 3º mas só conseguiu chegar em 7º.
Claramente, o Schumacher de hoje atende pelo nome de Alonso…
No campeonato, Alonso aumentou para 34 pontos sua vantagem sobre Webber e para 44 sobre Vettel, que continuo considerando seu mais direto adversário. E, antes da pausa estiva, teremos domingo o GP da Hungria, um circuito totalmente diferente em que partir nas primeiras posições é fundamental, embora tenhamos tido casos em que, mesmo largando fora dos 10 primeiros, existiram pilotos que conseguiram vencer.