Para a final da Libertadores, em programa hoje à noite em Pacaembu, pode-se lembrar de muita coisa já dita por ocasião do jogo de ida, lá na Bombonera. Mas ha um detalhe técnico que hoje ganha maior importancia, quase fundamental: a velocidade de jogo.
Com isso entende-se não uma correria desenfreada, mas a habilidade de trocar passes de primeira, se possivel em sentido vertical ou, pelo menos, diagonal e não lateral de forma a impedir que o Boca toque a bola ao ritmo, mais lento, que será imposto por Riquelme.
Esta diferença pode determinar o resultado do jogo, pois viu-se, em mutos jogos desta Libertadores, que o Boca sofre quando o adversário aumenta o ritmo. Aí sua defesa, que não é impecável, tem muita dificuldade em sair jogando, as triangulações no meio de campo acabam sendo substituidas por lançamentos longes, meio na base da aventura, e todo o time se ressente disso.
Manter um ritmo elevado, sem, para isso, se expor ao contragolpe argentino, é portanto, em minha opinião, a melhor opção do Corinthians para sair vencedor. E isto sem querer decidir o jogo logo no começo, atirando-se ao ataque de forma desordenada, e lembrando que o time terá 90 minutos para fazer o gol. Coisa que completaria meu palpite, que era de empate no jogo de ida e a tradicional “goleada corinthiana”, de 1 a 0, aqui.