O São Paulo perdeu em casa para o Vasco, o Santos ficou no empate sem gols com o Botafogo, também jogando em casa, dois resultados que acentuaram os problemas que se antepõe ao recém chegado Ney Franco e ao experiente Muricy Ramalho para armar times à altura do que pretendem dirigentes e torcedores.
Para Ney Franco se trata de um trabalho a médio prazo, que está apenas em seu começo, e que, em minha opinião, vai requerer uma boa dose de paciência de dirigentes e torcedores tricolores. Uma primeira, séria análise do trabalho do novo técnico só será possível no fim do ano. E a dúvida que me fica, conhecendo a forma como o pessoal do Morumby costuma julgar o próprio elenco, é se este prazo será respeitado. Os exemplos mais recentes, a começar pelo que aconteceu com Leão, justificam esta dúvida.
Para Muricy Ramalho a situação é algo diversa. A perda de Libertadores foi um duro golpe na auto-estima do time, a ausência de Neymar, o jogador-referência do elenco, um problema técnico que Muricy não tem como resolver.
Assim o Santos tem que buscar sua recuperação num momento em que está a apenas 3 pontos da zona do rebaixamento e já foi superado na classificação pelo Corinthians. Coisa que, num campeonato longo como este, tem uma importância contingente e relativa mas que, no imaginário do torcedor, assume uma outra dimensão. Uma dimensão sem dúvida preocupante.