O Palmeiras conseguiu vencer o bom Coritiba e o fez com um escore (2-0) que, em condições normais, deveria dar-lhe certa tranqüilidade para o jogo de volta, na semana vindoura, lá no Paraná. Mas, para aflição de seus torcedores que anseiam por ver o time levantar um título importante, as condições atravessadas neste momento pelo Palmeiras estão longe de poderem ser classificadas como normais.
Na manhã de 4.a feira, o técnico Scolari perdeu seu referencial ofensivo, com a improvisa operação de Bastos. O centroavante argentino é peça fundamental para o time alviverde que não tem, em seu elenco, outra jogador de mesmo valor técnico e caracteríticas semelhantes. E, no jogo, o Palmeiras perdeu o meia Valdivia que tinha levado um cartão amarelo discutivel na fase inicial e recebeu outro, este sim justo, na metade do segundo tempo, sendo expulso e automaticamente ficando fora do jogo decisivo.
No jogo de ontem, o Palmeiras sofreu uma incrivel pressão durante todo o primeiro tempo, o time foi acuado em seu próprio campo, a defesa não conseguia marcar e o meio de campo estava perdido. A ponto do Coritiba criar várias e seguidas oportunidade de ouro para marcar, salvas pela excelente atuação do goleiro Bruno nos casos mais agudos e por erros de finalização nos demais. Em suma, o jogo estava encaminhado para um 0 a 0 que teria sido um resultado excepcional para esse Palmeiras perdido em campo, quando houve uma cobrança de falta por Marcos Assunção e, na confusão criada na área do Coritiba, aconteceu um penal. Muito bem batido por Valdivia, com goleiro de um lado e a bola entrando lentamente do outro, deu ao Palmeiras uma inesperada vantagem.
Aí Scolari conseguiu mexer com o time no intervalo, acertando a marcação defensiva, levando mais à frente o meio de campo e equilibrando assim o jogo.
Até que o segundo gol, originado também por uma bola parada, parecia encaminhar o Palmeiras para uma vitória que poderia ser decisiva, quando Valdivia foi expulso. E o time teve que se aguentar, em inferioridade númerica, até o apito final. Embora tivesse ainda tido, numa veloz jogada em contragolpe de Maikon Leite, a chance do terceiro gol que teria sido provavelmente decisivo para a definição desta Copa Brasil. Definição que ainda está em aberto, e ficou para o jogo em Coritiba, com um Palmeiras tendo que enfrentar, sem dois jogadores extremamente importantes como Barcos e Valdivia, uma equipe bem montada, atleticamente forte, com um esquema de jogo perfeitamente definido. Em suma, uma parada durissima.
Fica uma derradeira palavra para o árbitro Pereira Sampaio. Ele conseguiu desagradar os dois times, e nessas ocasições costuma-se dizer que foi bem. Mas não foi o caso dele, as reclamações dos dois times se baseiam em fatos reais, sua arbitragem foi ruim mesmo.