O GP da Hungria não fugiu ao prognóstico que via Hamilton como favorito. E o inglês, com uma McLaren que ratificou o acerto do novo conjunto aerodinâmico, tanto que ocupou também o sexto lugar com um Button sempre em temporada negativa, venceu de ponta a ponta. De certa forma a surpresa foi a Lotus, que colocou seus dois pilotos, Raikkonen e Grosjean no podio, e se pôs à frente da Mercedes como quarta grande. Enquanto Vettel mostrou que, sem um carro melhor do que os demais, como teve nas duas temporadas em que foi campeão, não consegue brilhar, contentando-se com o quarto lugar.
Para Alonso, que mau grado as inovações aerodinâmicas da Ferrari (novos aerofólios dianteiro e traseiro) viu uma vez mais seu carro inferiorizado, no item velocidade máxima, frente a McLaren, Lotus e Red Bull, ficou um 5º lugar que deve ser considerado excelente. Pois lhe permitiu aumentar a própria vantagem no campeonato. Uma vantagem que agora é de 40 pontos sobre Webber, 42 sobre Vettel, 47 sobre Hamilton e 48 sobre Raikkonen.
Quanto aos brasileiros, quem brilhou intensamente foi Senna, 7º colocado após ter largado em 9º, no melhor GP de toda sua carreira, isto com um carro, a Williams, que está longe de se equiparar aos melhores. Enquanto Massa, que largou em 7º, foi apenas 9º, no caminho inverso de seu compatriota.
Naturalmente quase todos os concorrentes, exceção feita a Hamilton, lamentaram o intenso trafego e as caracterísrticas do circuito que tornam muito dificil as ultrapassagens. Mas isto, no fundo, não é uma novidade para o GP da Hungria.
Agora o mundial toma um mês de férias, vai voltar apenas a 2 de setembro com o GP da Bélgica em Spa, seguido, sete dias depois, pelo GP da Italia em Monza. Como tecnicamente esses dois GPs serão dificéis para a Ferrari, é fácil prognosticar que um Alonso, mantendo esses 40 pontos de vantagem, se tornaria o grande favorito para a conquista do título. Mas isso passa, em minha opinião, por modificações aerodinâmicas que proporcionem um claro aumento da velocidade máxima de sua Ferrari.