Faltava à Espanha uma grande atuação nesta EuroCopa. E a equipe de Del Bosque a conseguiu exatamente na final, deixando uma derradeira, excelente impressão, ao golear a Italia por 4 a 0. Com isso a Espanha conseguiu o chamado “triplete”, triunfando, em apenas 4 anos, na EuroCopa, na Copa do Mundo e agora novamente na EuroCopa, um feito até então inédito e que muito dificilmente alguma outra seleção européia vai conseguir tão cedo.
Encerrando com chave de ouro sua participação na máxima competição continental de seleções, a Espanha ratifica sua pretensão de um bom desempenho na próxima Copa do Mundo, aqui no Brasil. E, logo atrás da Espanha, eu coloco a Alemanha, em que pese seu passo em falso na semifinal contra a Italia, pois se trata de uma equipe em evolução, ainda jovem e portanto com margem para melhorar.
As demais não me deixaram uma impressão muito favoravel, a começar pela França, de quem esperava um melhor futebol, continuando com a Inglaterra, onde a troca de técnico não mudou muita coisa, e com Portugal, por demais dependente, no bem e no mal, de Cristiano Ronaldo.
Pois foi exatamente Cristiano Ronaldo, ao perder uma incrível ocasião de gol quase no fim dos 90 minutos regulamentares frente à Espanha, que não permitiu à seleção lusa chegar à final.
Quanto à Italia, sua chegada à final foi a prova do bom trabalho do técnico Prandelli, após o fracasso na Copa do Mundo de 2010, mudando a forma de atuar do time. Mas de nada adianta um plano tático adequado se a matéria humana de que se dispõe é apenas média. Exatamente como acontece com esta seleção que tem seus melhores valores em dois veteranos, o goleiro Buffon e o meio de campo Pirlo. A geração que a eles sucedeu é tecnicamente fraca, pelo que resta esperar o amadurecimento dos garotos, a começar por Balotelli, que ainda não completou 22 anos, para saber-se se Prandelli conseguirá trazer ao Brasil, daqui ha 2 anos, uma seleção de bom nível ou não.