Fiquei muito surpreso, dias atrás, quando o presidente Juvenal Juvencio recusou uma oferta do Manchester United por Lucas. Falou-se em pouco mais de 80 milhões de reais, não sei se à vista ou em prestações, mas, de qualquer forma, trata-se de uma quantia elevadissima, por um jogador que atua na América do Sul. E, como lógica dedução, entendí que o São Paulo é um clube muito rico, que pode se dar ao luxo de manter em suas fileiras um jogador tão caro e que, ficando no Morumbi, certamente pedirá, através seu inteligente procurador, uma sensivel adequação salarial, quebrando toda uma hieraquia financeira no elenco tricolor.
De acordo com um recente estudo da Pluri Consultoria, o São Paulo, na última temporada levada em consideração, que refere-se a 2010, teve uma receita de 119 milhões de dólares e uma dívida de 95 milhões de dólares, alcançando então 79% do faturamento. O que, em minha opinião de leigo, não é uma situação muito confortável para empresa nenhuma.
De toda forma, parece que agora os ventos mudaram, e Juvencio estaria disposto a vender Lucas, talvez pensando que, com o dinheiro a ser arrecadado (possivelmente numa venda à vista), poderia reforçar o elenco do tricolor nas posições carentes.
Eu já teria feito um belo embrulho para presente e levado pessoalmente Lucas ao Manchester United. Mas admito que Juvencio possa pensar em ficar com o jogador e, como hábil jogador de pôquer, apostar numa sua ainda maior valorização. Mas, sempre na ótica do pôquer, é bom lembrar que às vezes o bluff não paga…