Se alguem tivesse dito, no começo do campeonato, que após 10 GPs, isto é exatamente na metade do campeonato, Fernando Alonso seria lider, com nada menos que 34 pontos de vantagem sobre Webber, 44 sobre Vettel e 62 sobre Hamilton, certamente teria sido considerado maluco. Pois a Ferrari estava em plena crise, às voltas com um carro não competitivo e que parecia dificil de ser substancialmente modificado, pois entendia-se ser oriundo de um erro de projeto.
Aliás, os críticos só faltaram crucificar o grego Tombazis, responsavel pelo projeto e especialista em aerodinâmica, afirmando, muitos deles, que o ano estava perdido e que teria sido de bom alvitre começar a pensar no carro para 2013.
Com muito trabalho, Tombazis e seus colaboradores foram resolvendo os problemas e hoje a Ferrari tem um carro quase no mesmo nível de McLaren e Red Bull. Digo quase pois fica evidente que, em termos de desempenho absoluto, a Ferrari fica ainda devendo 2 ou 3 décimos de segundo a seus adversários em função de sua menor velocidade máxima. Coisa que complica – e muito – as eventuais ultrapassagens e torna extremamente importante o treino oficial do sábado, para permitir a Alonso largar na frente dos demais.
Dito isto, fica claro que o GP da Hungria, domingo, pela necessidade de largar na frente e, depois da pausa, os GP de Bélgica em Spa e da Italia em Monza, pelas curvas velozes que possuem, serão decisivos para endereçar – ou não – a luta pelo título. Um Alonso que tenha mais ou menos a mesma vantagem atual a 10 de setembro, após o GP da Italia, seria automaticamente o maior favorito para levantar o mundial.
Estes três GPs, porém, são, no papel, favoráveis a McLaren e Red Bull, por uma série de razões técnicas, pelo que, como o próprio Alonso faz questão de deixar bem claro, por ora nada está definido e nem mesmo encaminhado.