Sob a batuta de Messi, a Argentina, pela primeira vez nas eliminatórias sulamericanas para a Copa de 2014, agradou em cheio. Não pelo escore (4 a 0 frente ao Equador) mas pelo jogo veloz, vibrante, com passes geralmente precisos que, em alguns instantes, fez lembrar os melhores momentos do Barcelona. Naturalmente a comparação para por aí, ocorreram outras fases da partida em que o jogo apresentado no Monumental de Nuñez não foi tão bom assim. Sobretudo pelo fato da defesa argentina não conseguir marcar o Equador no campo deste, e abrir assim um espaço demasiadamente amplo entre ela e o meio de campo. O que não raro obrigava os homens de frente, inclusive Messi, a voltar muito para receber a bola e iniciar a jogada ofensiva.
De qualquer forma, do meio de campo para a frente, esta seleção da Argentina, sob o comando do técnico Sabella, mostrou um válido esquema tático que lhe garante um rendimento apreciável. Falta agora acertar a defesa, sobretudo na lateral direita, onde Zabaleta está longe de ser o titular ideal. E onde, em minha opinião, poderia ser testado o jovem Peruzzi, do Velez, talvez a solução de um problema que se arrasta, anos a fio, desde que Zanetti atingiu uma idade avançada e não mais foi convocado. Bem como seu companheiro da Inter, o central Samuel, também em final de carreira.
Se Sabella conseguir arrumar a defesa, esta seleção da Argentina deverá ser olhada com muito cuidado, pois dispõe, sobretudo em sentido ofensivo, de um elenco digno de todo respeito. Com Messi tendo, a seu lado, gente como Aguero, Higuain, Di Maria e Tevez, apenas para citar alguns, que permitem diferentes e interessantes opções táticas. E recolocam a Argentina como uma potência do futebol mundial.