Nesta quarta-feira o Corinthians estará na Bombonera, o tradicional alçapão do Boca, para o jogo de ida da final da Libertadores. E o faz, em minha opinião, num favorável ambiente de tranqüilidade e confiança nas próprias possibilidades de conseguir um bom resultado. Um resultado positivo que, mesmo em caso de vitória, estará longe de ser definitivo pois o Boca já mostrou, frente ao Fluminense, que pode perfeitamente devolver, no campo do adversário, uma derrota sofrida em casa.
No plano tático existe, pelo menos de minha parte, muita curiosidade em ver como Tite vai marcar Riquelme, se por zona ou homem a homem, mas provavelmente sempre com um segundo marcador por perto. Pois reduzir o raio de ação do “maestro” do time argentino é meio caminho andado para chegar a um bom resultado. Contando ainda com as já conhecidas falhas de finalização dos dois homens de frente, Mouche e Santiago Silva.
O Corinthians, desde que Tite assumiu sua direção, tem um esquema de jogo bem definido, que foi sendo apurado com o passar do tempo e que se baseia numa defesa sólida, bem protegida pelo meio de campo, e um contragolpe em velocidade. A ausência de um centroavante tradicional faz com que tenham que chegar para finalizar homens que vem de traz, o que, se complica um pouco a manobra, complica também a marcação adversária pois não se sabe nunca quem será esse elemento.
Assim o Corinthians vai encarar este jogo de ida sem receios, sabendo que pode tranqüilamente jogar suas fichas e voltar de Buenos Aires convencido que, em Pacaembu, poderá finalmente levantar a tão ambicionada Taça Libertadores.