É muito comum, sobretudo para quem já tiver ido à Europa uma vez, numa viagem definida de antemão por uma agência turística, querer organizar autonomamente a próxima viagem. Desfrutando os ensinamentos adquiridos e visando eliminar os pontos que se revelaram negativos.
Assim, muitas vezes, as longas viagens de ônibus, que permitem, ao longo do caminho, conhecer, embora muito rapidamente, duas ou três cidades mais, se tornam quase que uma “via crucis”. Onde o sono acumulado (a saída é sempre bem cedo e a chegada à meta final tardia) acaba roubando quanto menos o bom humor e a disposição de ver coisas novas.
Um exemplo claro disso, falando da Italia, são as comitivas que chegam a Firenze no final da tarde, provenientes muitas vezes de Venezia, com etapas intermédias em Verona e Bologna. Aí, um jantar num local típico (muitas vezes num restaurante que paga comissão à agência de turismo) em que a qualidade não é o prato forte, e o dia termina.
No dia seguinte, um rápido passeio pelo centro de Firenze, tarde livre (fórmula que tira dos organziadores qualquer cuidado com os turistas) e novamente um jantar. Onde os turistas serão tratados como tais, isto é provavelmente com guardanapos de papel (para mim é algo inaceitável) e um cardápio previamente estabelecido.
No dia seguinte, levantar bem cedo, e dá lhe ônibus, passando por San Gimignano e Siena, ou, mais frequentemente, por Pisa, e mais quilômetros de estrada até Roma.
Tudo isso pode até ser interessante uma primeira vez, embora ao retornar ao Brasil o turista esteja morto de cansaço e tenha lembranças as mais diversas do que viu (será que a Galleria era mesmo em Milano, ou em Bologna ?).
Uma opção mais inteligente, numa segunda viagem, será a de desfrutar integralmente a parte de avião. Assim, quem quiser visitar, digamos Milano, Venezia, Firenze e Roma, pode incluir essas cidades na passagem internacional, com um mínimo acréscimo de preço. Muitissimo menor, por sinal, do que seria comprar essas passagens internas na Italia mesmo. No exemplo que dei, poderia até ir de Milano a Venezia de trem, mas faria São Paulo-Milano e depois Venezia-Firenze e Firenze-Roma de avião, para depois retornar ao Brasil, saindo de Roma.
Raramente um agente de viagem, a não ser que o turista lhe peça expressamente, oferecerá isso ao cliente, pois assim sua margem de lucro será drasticamente reduzida.
Como aproveitar sua passagem de avião
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