Ontem foi a noite de Valdivia. O meia chileno, que tem sido protagonistas de tantos episódios (negativos alguns, positivos outros) no Palmeiras, ao sair do banco, aos 14º do segundo tempo, mudou o jogo.
Até então a partida tinha mostrado dois times lutando entre eles e contra o gramado, que não permitia fazer lançamentos precisos, pois a bola, ao tocar no chão mudava sua trajetória ou mesmo se interrompia. E muito menos era possível conduzi-la, pelo que o confronto logo se colocou no plano físico, com jogadas fortes, às vezes violentas mesmo. Coisa que deu intenso trabalho ao árbitro, o mineiro Marques Ribeiro que foi “peitado” e xingado inúmeras vezes. E que, se quisesse, teria posto para fora, por ofensas, ainda na fase inicial, um bom número de jogadores.
Com Valdivia em campo, o Palmeiras sofreu, minutos depois de sua entrada, o gol do Gremio. Mas pouco depois foi de Valdivia, numa jogada com Juninho, o gol do empate, além de ainda colocar outra bola na trave. E ainda mais importante, conseguiu desestabilizar alguns jogadores adversários, provocando indiretamente a expulsão do jovem Rondinelly.
Assim Valdivia saiu de campo como heroi, emocionado com si mesmo e com o carinho da torcida. Talvez esta noite tenha sido a compensação emocional pelo trauma sofrido no seqüestrtro relampago de que foi vítima pouco tempo atrás e possibilite ao chileno repensar o próprio futuro.
Para o Palmeiras, depois de tantos anos, chegar à final de uma competição nacional foi demasiadamente importante e mereceu a festa de sua torcida.
Mas, racionalmente, a pedreira que o time terá agora pela frente, representada pelo Coritiba, será ainda mais dificil. Pois este time, que chega pela mais uma vez à final da Copa do Brasil, é tecnicamente superior ao Gremio (o São Paulo que o diga) e faz de seu campo uma arma muito dificil de ser superada.