Encerrado o ciclo dos quatro amistosos através dos quais Mano Menezes devia formar a seleção olímpica, a sensação é de estar no caminho certo. Deixando de lado os resultados em si (duas vitórias e outras tantas derrotas), fica-me a impressão de uma seleção olímpica superior às demais que tenho visto ultimamente e com claras chances de lutar pela medalha de ouro em Londres. Isto não quer dizer que o Brasil terá certeza da conquista, mas somente uma imprevisível catástrofe fará que não consiga lutar por ela.
A derradeira apresentação, frente à Argentina, foi a que mais me agradou, inclusive pelo aspecto tático, com Neymar finalmente colocado no meio do ataque e portanto, com mais campo à disposição para jogar. Além de tornar mais dificil sua marcação pelos adversários, possibilitando-lhe sair tanto pela direita como pela esquerda em suas jogadas individuais. Que Mano Menezes procurará reduzir em número, pois o passe de primeira pode ser bem mais útil, sobretudo quando o Brasil tiver pela frente uma defesa bem fechada.
Pelo resto, ficou-me a impressão que Thiago Silva é elemento imprescindivel para dar maior qualidade à defesa (e tenho curiosidade de
imaginar como teria sido o confronto com a Argentina com o capitão em campo) e que Hulk merece ser levado a Londres. Naturalmente caberá ao técnico fazer a escolha final, inclusive – e sobretudo – na escalação do time. Um time onde a explosão de Oscar cria uma interessante alternativa àquele Ganso que todos entendiam ser titular absoluto do time olímpico. Como sempre, melhor ter dois do que só um…