Com sua melhor atuação em casa, nesta Libertadores, o Boca, derrotando por 2 a 0 a Universidad de Chile, abriu um largo e confortável caminho para chegar mais uma vez à final. E o fez com um belo gol inicial de Santiago Silva, que os torcedores do Corinthians lembrão, sem saudade alguma, de sua pálida passagem pelo alvinegro.
Aliás que o Boca tenha no chamado “El Tanque” o elemento de referência de seu ataque mostra bem o modesto nível ofensivo do time que, um dia, teve bem outros jogadores no comando de seu ataque. E quem acompanha o campeonato italiano poderá somar à inexpressiva passagem de Santiago Silva pelo Corinthians a ainda mais inexpressiva passagem do mesmo jogador pela minha Fiorentina, onde sequer conseguiu ser titular num time que não tinha mais centroavantes.
A isto se soma um zagueiro central – Schiavi – que tem tudo para ser titular absoluto do time master do Boca (completou no começo deste 2012 nada menos que 39 anos) e o dono do time – Riquelme – que tem ainda futebol e personalidade para comandar o Boca em campo, mas que começa a mostrar claros limites físicos.
Tudo isso serve para mostrar que o Boca, agora favorito para chegar á final da Libertadores, não é um time de meter medo em ninguém e que, seja qual for a equipe brasileira (Corinthians ou Santos) que vai enfrenta-lo, deverá ser encarado como um adversário perfeitamente superavel. Em que pese o peso de sua mística e de sua camisa, coisas que, às vezes, produzem milagres.