A decisão do técnico Luiz Felipe Scolari de não renovar, quando chegar a seu término, o atual contrato com o Palmeiras, foi absolutamemte lógica. E, para mim, esperada.
Quando o técnico, único a ter levado o alviverde a vencer uma Taça Libertadores, voltou ao Palmeiras, havia muita expectativa, de parte a parte, de poder renovar um ciclo de sucessos. Isso, porém, não aconteceu, já que o elenco que o Palmeiras pôs à disposição do técnico não era o que ele esperava. E situava-se num plano bem inferior ao que ele comandara na primeira passagem pelo clube.
Por outro lado, o clube esperava que o carisma e a competência de Scolari pudessem superar as limitações do elenco, pensando, talvez, que ele tivesse uma varinha mágica, capaz de gerar um milagre.
Assim chegou-se a uma situação de desencanto em ambos os lados, o que tornou lógico o desfecho oficialmente anunciado.
Agora cabe ao Palmeiras aproveitar os 7 meses que tem pela frente para estabelecer um plano de ação, determinar as características exigidas na figura do novo técnico (jovem ou experiente, rigoroso ou mais maneável, defensivista ou adepto de um futebol ofensivo) e escolhe-lo sem muita pressa. Isto feito, caberá adequar o elenco às metas pretendidas e às possibilidades financeiras existentes e evitar as costumeiras interferências de cartolas de todo tipo na condução do processo.
Na minha opinião, um clube de futebol, para funcionar a contento, deve ter uma espinha dorsal bem definida : um presidente atuante a ditar os rumos gerais mas sem se imiscuir em problemas do cotidiano, um diretor esportivo capaz de ser o elo com o técnico e permitir que esse último se preocupe apenas com o trabalho à testa do elenco, e nada mais. Todos os demais, mesmo se tiverem a melhor das intenções (o que, freqüentemente não é o caso) só servem para atrapalhar…