Domingo começa a fase européia do Mundial de Fòrmula 1, com o GP da Espanha, na pista de Barcelona. Seria um GP até mesmo previsível, pois este é o circuito mais utilizado por todas as equipes nos testes pré-campeonato, e assim todas as equipes sabem perfeitamente como acertar seus carros para ter o melhor desempenho. Um desempenho oriundo sempre da melhor combinação entre o busca da máxima pressão aerodinâmica e da maior aderência mecânica possível. Isto em função das características do circuito, com 16 curvas de todo tipo (lentas, médias e velozes) o que requeria diferentes regulagens para cada uma. Como isto é impossível, cabe aos técnicos escolher o “mix” de melhor rendimento no próprio carro.
Mas, para tornar mais incerto o panorama técnico deste GP, a Pirelli, claramente sob inspiração do todo poderoso Ecclestone, resolveu levar a Barcelona dois tipos de pneus bem diferentes entre si : os macios (P Zero amarelo) e os duros (P Zero prata). E como é obrigatório usar os dois, poderemos ter táticas bem diferentes entre as várias equipes, trazendo assim uma interessante variável para qualquer prognóstico. Pois fica claro que, com a maioria das curvas para a direita, os pneus dianteiros esquerdos serão os mais exigidos, ao mesmo tempo em que os pneus traseiros sofrerão maior desgaste para fornecer a tração necessária nas saidas de curvas lentas. Assim o desgaste dos pneus será elevado e a tática relativa aos pit-stops poderá tornar-se decisiva.