Voltar de São Januário sem ter sido derrotado. Este era o programa básico do Corinthians, pensando numa vitória na próxima semana aqui em Pacaembu para classificar-se às semifinais da Libertadores. E a meta foi alcançada, bem ao estilo do alvinegro de Parque São Jorge, com uma defesa atenta, que pouco permitiu ao ataque do Vasco, obrigando-o a ficar, pela primeira vez na competição, sem marcar ao menos um gol.
O ataque do Corinthians teve, como se esperava, raras chances, e não conseguiu aproveitar nenhuma, Jorge Henrique antes e Paulinho depois não conseguindo concretiza-las adequadamente. Claramente não se pode culpa-los por isso, pois não são jogadores fora-de-série.
O esquema de Tite, não tendo um centroavante de referência que poderia permitir interessantes variações táticas ao longo da partida, se baseia na constante movimentação dos quatro homens de meio de campo avançado e de frente. Com Alex e Danilo vindo um pouco mais de tráz e Jorge Henrique e Emerson mais à frente, o objetivo é criar um espaço livre para um deles poder chutar a gol.
Não é um esquema inédito, longe disso, Guardiola fazia algo parecido no Barcelona, e com exito. Mas, antes de estabelecer um confronto impossível, deve-se atentar para o fato de que o técnico espanhol tinha à disposição um elenco com o qual Tite não pode nem mesmo sonhar… daí os resultados não serem os mesmos.
Agora a decisão passa para o Pacaembú, e, atuando em casa, parece provável que o Corinthians consiga uma vitória, nem que seja a já clássica “goleada” por 1 a 0.
