A vitória do Santos frente ao São Paulo, num Morumby finalmente com uma boa presença de público, levou o carimbo de Neymar, autor de 3 gols, o último num momento decisivo, quando o São Paulo pressionava em busca do empate e o jogo ainda não estava definido. O maior jogador brasileiro da atualidade, no fundo, fez a diferença enquanto a ausência de Luis Fabiano, do lado contrário, deixou o técnico Leão sem uma arma extremamente importante.
O que achei mais interessante, neste jogo, foi a conduta tática do Santos, deixando de lado a busca do chamado “jogo bonito”, que às vezes não é nada mais que uma sucessão de lances de efeito mas de reduzida praticidade, em proveito de uma atitude lógica. Com um time fisicamente afetado pelo cansaço em função do jogo de 4.a feira passada na Bolívia e relativa desgastante viagem, a solução lógica era uma defesa bem fechada e a aposta no contra-golpe em velocidade através Neymar e Kardec. A tática deu certo, em que pesem as dúvidas que se possam ter com relação ao penalti, e deixou claro que Neymar faz a diferença. Pois sem ele, e com Luis Fabiano do outro lado, talvez o resultado teria sido inverso.
O adversário do Santos na final será o Guarani, que conseguiu, de virada, eliminar a Ponte Preta, num feito brilhante e merecido que seus torcedores vão comemorar por muito tempo. Mas a comemoração vai ficar por aí pois na final o favoritismo do Santos é claro, a eventual conquista do título por parte do Gauarni seria, ao menos para mim, uma surpresa. Surpresa que poderia perfeitamente ocorrer se a final fosse em jogo único, mas que em dois jogos, onde fatalmente o melhor se impõe, é ilógico esperar.