A saida de cena de Ricardo Teixeira não parecia ter afetado muito a posição de Mano Menezes como técnico da seleção brasileira, que do antigo dirigente tinha recebido confiança total até a Copa, a eventual cobrança ocorrendo depois do mundial. E as recentes declarações do responsável pelas seleções, Andrés Sanchez, iam no mesmo sentido.
Mas Marin, que claramente deseja imprimir à CBF sua visão pessoal, deixou claro ter outros objetivos, além dos relativos à formação de um consistente bloco de aliados entre os presidentes das várias federações regionais.
Um desses objetivos é a conquista do inédito ouro olímpico com a seleção de futebol masculina (o futebol feminino não recebe nunca as mesmas antenções, isto parece ser um problema de usos e costumes fortemente arraigados no Brasil). E, para tal, Marin não mede esforços buscando organizar, com amplos recursos financeiros, a ida do futebol a Londres. Ao mesmo tempo em que coloca o técnico Mano Menezes na obrigação de voltar vencedor, ou então nem voltar para a CBF. Uma alternativa inexistente tempos atrás, não obstante os resultados pouco satisfatórios da seleção principal, mas que hoje é real. Pois claramente para Marin colocar entre suas realizações o de ter sido o primeiro presidente da CBF a trazer para cá a medalha de ouro no torneio olímpico de futebol, representaria um primeiro, importante passo para a consolidação de sua imagem. Um objetivo que, em sua opinião, justifica amplamente colocar em jogo a cabeça de Mano Menezes.