Nos prognosticos da véspera todos espéravam uma vitória do Corinthians sobre a Ponte Preta em Pacaembu e um jogo equilibrado em Campinas entre Guarani e Palmeiras. Esses prognósticos, porém, confirmaram-se apenas no jogo de Campinas pois no Pacaembu ocorreu a imprevista eliminação do Corinthians, com a surpresa aumentada pelo fato de sua defesa ter sofrido nada menos que 3 gols.
O jogo do Pacaembu, com uma arbitragem “caseira” de Righetto, mostrou uma Ponte bem estruturada em sua defesa, com seu técnico Kleina sabendo neutralizar os pontos fortes do Corinthians sem, para isso, ter que renunciar ao contragolpe. Foi assim que, se algum desavisado chegasse ao Pacaembu no intervalo, veria, com supresa, o placar anunciar Corinthians 0 Ponte 2. E no segundo tempo, se o Corinthians, marcando um gol aos 29′ com Willian, reacendeu as esperanças da torcida, a Ponte jamais se desesperou e até mesmo conseguiu o gol da tranqüilidade aos 44′, com Rodrigo.
O tento final, de Alex logo depois, só serviu para dar um pouco de emoção aos instantes finais da partida e fazer o árbitro expulsar o técnico da Ponte. Que certamente não deve ter-lhe endereçado elogios…
Ao acontecer um resultado inesperado – e negativo – costuma-se buscar logo um bode espiatório, e este foi individuado no goleiro Júlio Cesar que certamente não foi impecável em 2 dos 3 gols sofridos. mas não custa lembrar que este mesmo jogador foi, em vários jogos, quem garantiu o resultado para o Corinthians. E que, em futebol (a máxima é velha mas sempre atual) se ganha em 11 e se perde em 11. Aliás, se o Corinthians tivesse sabido fugir da marcação defensiva da Ponte, provavelmente hoje as falhas de Julio Cesar não seria tão insistentemnete lembradas…
Em Campinas, pouco depois, surgiu outro heroi ao contrário : o goleiro Deola, indicado pela sua torcida como responsável pela derrota frente ao Guarani, sem lembrar que, se o Palmeiras tivesse tido maior objetividade e precisão ofensivas, talvez tivesse ganho o jogo. É bem verdade que sofrer um gol olímpico sempre depõe contra um goleiro, mas um melhor jogo ofensivo, sobretudo com precisão no último passe e acerto na finalização, teria dado ao Palmeiras consistentes chances de sucesso.
Todas essas considerações, contudo, não podem minimamente tirar qualquer mérito de Ponte Preta e Guarani, que aproveitaram muito bem os erros dos adversários e, com esquemas de jogo bem definidos, conseguiram “despachar” os dois grandes da capital. Agora um deles será forçosamente finalista do campeonato…