A 6 de maio de 2009, com um gol de Iniesta no 93º minuto, o Barcelona alcançava o empate de 1-1 com o Chelsea, em Londres, e se qualificava para a final da Champions League. Mas naquele resultado pesava como uma montanha a série de erros do árbitro norueguês Ovrebo (um árbitro, por sinal, que teve em sua carreira uma série de erros incríveis, sempre em favor dos “grandes” e que anos depois acabou praticamente forçado a se aposentar) que deixou de dar um ou quem sabe dois penais para o Chelsea.
Agora a sorte devolveu o presente ao Chelsea que, com uma prova taticamente perfeita e contando com sucessivos erros de finalização do Barcelona, conseguiu desfrutar com Drogba a única chance que teve e venceu por 1 a 0.
De nada adiantou ao Barcelona ter 68% no primeiro tempo e 72% no segundo tempo de posse de bola, mandar 23 chutes contra apenas 3 do Chelsea, dos quais 7 a gol contra apenas 1. Este único chute certeiro acabou sendo decisivo. E a forma como nasceu foi ainda mais amarga para o Barcelona. Messi perdeu uma bola no meio de campo para Lampard, que abriu na esquerda a Ramires, cruzamento baixo deste para Drogba que, de pé esquerdo, superou o goleiro Valdes. Um contragolpe digno de um tratado de futebol defensivo. E isto aconteceu no último segundo dos acrescimos da primeira fase.
O Barcelona, assim, teve todo o segundo tempo para chegar pelo menos ao empate, mas o ferrolho do Chelsea impediu que isto acontecesse. E a cabeçada de Pedro, aos 93º, que foi de encontro ao poste lembrou aos torcedores do Chelsea que, três anos atrás, no mesmo lugar Iniesta marcou e carimbou o passaporte do Barcelona para a final.
Enfim, para os torcedores do Chelsea, que ao término do jogo cantavam “one step beyond” (um passo à frente), foi uma doce vingança. Que será completa se, na semana que vem, no Nou Camp, o Chelsea conseguir eliminar de vez o Barcelona… até lá, continuarão sonhando.