Os modelos de base são os que fornecem os grandes números de produção a todas as montadoras, mas são os de tope os que fornecem a imagem. Uma imagem que, na mente de muitos consumidores acaba se estendendo aos carros de entrada .
Nessa ótica, a apresentação, por parte da Peugeot, do modelo 308, que toma o lugar do 307, se reveste de grande importância. Trata-se, como seu antecessor, de um hatch que mostra um claro passo à frente do carro que é chamado a substituir.
O destaque inicial cabe, como sempre costuma acontecer, ao design, que oferece linhas mais modernas, integradas pelas características estilísticas da montadora , como, por exemplo, o leão na tampa do porta-malas que contrasta positivamente com as novas luzes traseiras. E, na frente, chamam a atenção as luzes diurnas de led, com formato de boomerang, que dão um toque todo pessoal ao carro. Isto sem esquecer das rodas de liga aro 17 que, com seus pneus 225/45, contribuem para oferecer uma estabilidade extremamente agradável para o motorista que deseje andar rápido. E, a este respeito, vale lembrar que, no equipamento tecnológico do 308 foi incluído o ESP, o controle de estabilidade. Embora o estado calamitoso das ruas de São Paulo, por exemplo, indique a necessidade de andar devagar e prestar muita atenção para evitar buracos e irregularidades as mais diversas.
Do ponto de vista funcional, por sinal, não é apenas a estabilidade que chama a atenção, como os bons engates do câmbio mecânico de 5 marchas (que prefiro ao automático de 4, mas isto é gosto pessoal) e o sistema de freios, naturalmente sempre com ABS, além do pronto fornecimento de potência do já conhecido motor 2.0 que se soma à introdução de 6 air-bags (frontais, laterais e de cortina) para completar um carro realmente moderno.
Quanto ao interior, chama a atenção o grande pára-brisa dianteiro, que dá uma sensação de amplitude e completa o bonito desenho do painel, além do ar condicionado bi-zona com 13 saídas e, sobretudo, o (opcional) GPS integrado no painel (com tela de 7 polegadas), o que elimina aquele anti-estético fiozinho presente em muitos carros e que dá uma desagradável impressão de improvisação, para a inclusão de um equipamento não previsto no projeto.
Em suma, este Peugeot 308 é um carro moderno, agradável e, em relação a alguns outros países, deixa saudades da inexistência de limites de velocidade (leia-se Alemanha) e da possibilidade de usar motores diesel (leia-se praticamente todo o resto do mundo, a começar pela vizinha Argentina).