Se alguém, antes do GP da Malásia, tivesse apostado na vitória de Alonso com Ferrari, teria sido visto como que quer jogar dinheiro fora. Se esse mesmo alguém tivesse apostado também no segundo lugar de Perez, com a Sauber-Ferrari, teria sido visto com um louco. E se tivesse então completado a aposta indicando Senna, com Williams, como sexto colocado, seria impossivel evitar sua imediata remoção para um manicômio. Mesmo que, uma vez encerrado o GP, fosse reconhecido como alguém que teve a antevisão dos fatos e que, com isso, se tornou milionário.
O GP da Malásia teve isso tudo, e muito coisa mais, para torna-lo apaixonante e divertido até a bandeirada final. Teve uma série de 3 pit-stops para a maioria dos pilotos (Button fez 5), chuva após a largada que acabou tornando-se um temporal, obrigando a interrupção da prova e uma série de estrategias no momento da troca de pneus. Decisiva, em minha opinião, a da Ferrari, que na 41.a volta chamou para o box Alonso uma volta antes que Perez, dando-lhe a vantagem necessária para suportar o assedio do jovem mexicano que, com um carro mais veloz, assim mesmo ameaçou Alonso até cometer um erro decisivo nas voltas finais.
Um capitulo à parte merecem os dois pilotos brasileiros. De um lado tivemos Senna no mais brilhante GP de sua curta carreira, dirigindo com maestria na chuva e alcançando um sexto lugar que tem, para ele, sabor de vitória, sobretudo vendo o companheiro de equipe Maldonado não marcando ponto algum. E no outro extremo Massa, que chegou mais de 1 minuto e meio atrás de Aonso e Perez, e ainda viu o mexicano, por muito apontado como seu sucessor na Ferrari em 2013, conseguir um brilhantissimo segundo lugar, lutando até o fim pela vitória.
Se para Senna o futuro parece muito satisfatório, para Massa se impõe, se quiser continuar mais um ano na Ferrari, uma imediata mudança de rumo.
O impossível acontece!
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