No circuito de Melbourne a cada volta pode-se mexer por 7 vezes na inclinação da asa traseira. Isso ocorre até mesmo em curtos trechos e, como conseqüência, aumenta o desgaste dos pneus traseiros pois reduz a pressão aerodinâmica, tornando ainda mais importante a forma de dirigir. Pilotos como Button , por exemplo, que tem muito cuidado com os pneus, podem levar vantagem em relação a outros, como Hamilton, que não se preocupam tanto com esse aspecto da condução do carro.
Aliás, o circuito de Melbourne pode ser definido como semi-permanente e portanto tendo a emborrachar-se com o passar das voltas embora as diferentes categorias de veículos que lá se exibem nesses dias tenham compostos de borracha bem diferentes dos usados na Fórmula 1.
De qualquer forma, com a seqüência de voltas, os tempos vão cair.
Um aspecto importante é o desgaste dos freios em si e do que eles acarretam aos pneus, lembrando que temos, a cada volta, 8 freadas, das quais 5 muito fortes, com uma redução de velocidade que pode alcançar até 200 km/h.
O motor, por seu lado, é utilizado em 68% do tempo da volta com a borboleta totalmente aberta e, conseqüentemente, o consumo é elevado, sendo necessários mais de 3 e meio litros de gasolina para cada volta de 5.303 metros. Ao mesmo tempo vale lembrar que o Kers, quando acionado, fornece mais 80 cv o que, tudo somado, torna a tarefa do motor bem árdua tanto do ponto de vista estritamente mecânico como pela alta temperatura externa que eleva a temperatura de funcionamento do motor.