A apresentação da nova Ferrari deixou claro, ao menos para mim, que se trata de um dos F1 mais feios de toda a longa história do Cavallino. O que, no fundo, não significa absolutamente nada, se lembrarmos de outra Ferrari muito feia, aquela que levou Jody Schekter a ser campeão mundial em 1979, fazendo dobradinha com Gilles Villeneuve, e que, com as vitórias, acabou parecendo até bonita.
Dito isto, vale lembrar que se trata de um projeto, devido a Pat Fry, inovativo para os parâmetros de Maranello, com a parte dianteira que evidencia um grande “degrau” para baixo e uma visão frontal quadrada e uma traseira que, à exemplo da McLaren, é contida em suas dimensões. Esta parte traseira será determinante para o desempenho aerodinâmico do carro, agora que foram proibidos os difusores “soprados”.
Pelo resto, tinha-se falado muito das novas suspensões, tanto as dianteiras como as traseiras, que são do tipo “pull-rod”, uma solução que a Ferrari não utilizava há 11 anos, mas sua eficiência só poderá ser sentida nos treinos de Jerez, a partir do próximo dia 7, quando Felipe Massa vai dirigí-la pela primeira vez. E, no fundo, só mesmo no GP de abertura da temporada é que teremos uma comparação válida com os adversários, pois, como é sabido, várias equipes de ponta reservam algumas soluções técnicas (e as mantém em segredo) para serem usadas apenas quando começar o campeonato.
Na apresentação, feita pela internet, Massa e Alonso declararam-se otimistas quanto ao desempenho do novo carro mas isso não deve ser levado muito em conta. Seria curioso, aliás, se ambos tivessem assumido um diferente posicionamento…
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