Após toda grande conquista, é normal que venha um período de menor rendimento, e a queda do Santos, appós vencer a Libertadores, era mais ou menos esperada. Mas surpreende um pouco sua duração, embora deva-se levar na devida conta a série de contusões e as convocações para a seleção brasileira que tem atrapalhado, e bastante.
De qualquer forma, se o Mundial constitui uma meta ambicionada, como têm declarado repetidas vezes não apenas seus dirigentes mas também vários integrantes do elenco, entendo que as derradeiras apresentações do time acenderam um sinal de alerta. Nada de dramático, bem entendido, pois existe todo o tempo para corrigir a rota, mas algo em que começar a pensar. Como parece-me estar fazendo Muricy Ramalho, a julgar pela aspereza de algumas respostas às indagações dos meios de comunicação, sinal evidente de uma preocupação interior que o técnico não mais consegue desfarçar.
No sábado, frente a um time tecnicamente modesto como o Atlético de Goiania, alguns jogadores atuaram mal. Borges, por exemplo, raramente apareceu, Ganso não teve peso na manobra ofensiva do time e mesmo Neymar, em que pese seu esforço, limitou-se a alguns lampejos, como a jogada do penal sofrido e não marcado pelo árbitro. Aliás a este respeito parece-me que o garoto começa a sofrer as conseqüências de sua tendência a cair na área tanto que, na dúvida, alguns árbitros preferem dar-lhe o cartão amarelo de simulação em lugar de marcar o penal. Desfecho, aliás, que tinha sido amplamente previsto…
Santos, sinal de alerta
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