Quando, outro dia, falava de que agora vai, pensava que as potências do futebol sul-americano tinham começado a mostrar suas possibilidades e que a competição se encaminhasse para a final aguardada por todos, inclusive – e principalmente – pelos organizadores, opondo Argentina e Brasil.
Este fim de semana, contudo, mudou tudo, as surpresas foram totais e especialmente o Brasil protagonizou uma exibição que me deixou perplexo. Foi superior ao Paraguai com a bola rolando, criando várias chances de gol mas sem conseguir converter nenhuma, e me surpreendeu na cobrança de pênaltis. Em 4 cobranças, errar 3, chutando para fora, e dar ao goleiro adversário a chance de defender a outra, não representava um cenário que eu pudesse imaginar. E me leva a pensar que – talvez – os chamados craques não sejam tão craques assim.
O Brasil, no fim das contas, só venceu, nesta Copa América, o Equador e em raros momentos de suas apresentações mostrou lances de bom futebol. As desculpas ou
justificativas – cada qual pode escolher a definição que julgar mais apropriada – foram várias, desde o estado do gramado até o cansaço dos jogadores que atuam na Europa e estão em final de temporada. Mas, sejamos sinceros, nenhuma muito convincente. Em suma, em minha opinião, tanto o técnico Mano Menezes como os jogadores sairam arranhados desta Copa América.
Pode-se argumentar que, pelas bandas da Argentina, a situação não é melhor (eu até penso que seja um pouco pior pela falta de renovação em várias posições, como na defesa, onde um veterano em fase descendente de sua carreira, como Samuel, ainda é lembrado como importante ausência). Mas, no fundo, os problemas dos outros não devem constituir um anteparo para os daqui…raciocinar em termos de “nós estamos mal, mas os outros estão pior” não leva a nada, a não ser a decepções.
Mas nem de pênalti ?
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