Dificilmente alguém apostaria nisso, mas também o terceiro “grande” a estrear nesta edição da Copa América ficou no empate. Coube ao Uruguai fazer um jogo equilibrado com o Perú e amargar um resultado que provavelmente não estava nos planos do técnico Tabarez mas que, em minha opinião, foi justo. Pode-se dizer que, na etapa complementar, a chance de gol perdida pelo uruguaio Forlan foi mais clara, mais evidente, que a desperdiçada depois pelo peruano Guerrero mas, no todo, ninguém foi tão superior ao adversário a ponto de poder-se considerar injusto o resultado.
Para o Uruguai ficou a constatação de que o time consegue seu melhor rendimento quando pode jogar fechado, tentando o contragolpe, já que seus dois centrais, Lugano e Victorino, são um pouco lentos, como ficou evidente no gol peruano. E também o técnico Tabarez sentiu isso, tanto que, na segunda fase, mudou a forma do time atuar passando do original 4-3-3 para um mais cauteloso 4-4-2 onde os dois centrais defensivos não mais estavam em linha, abandonados à própria sorte. E com Cavani um pouco mais recuado, o contragolpe do Uruguai começou a funcionar.
Para o Perú ficou a constatação de uma maior velocidade de jogo e a apresentação de um atacante como Guerrero que se mostra sempre perigoso, sobretudo quando pode contar com a presença de Vargas, ainda não totalmente refeito de sua contusão e sem condição física de atuar por 90 minutos. Mas é um time – essa ao menos foi a impressão que me ficou – que merece ser visto novamente em ação.