Mesmo os mais pessimistas, duvido tenham pensado em tamanha série de derrotas para os clubes brasileirios empenhados nestas oitavas de final da Libertadores. Podia-se logicamente temer pelo Gremio, mas os resultados dos jogos de ida davam certa tranqüilidade a Fluminense, Inter e Cruzeiro, especialmente estes dois últimos que tinham a vantagem de decidir a classificação em casa, amparados por suas torcidas.
Nos primeiros tempos até que a coisa não foi tão ruim assim, mas nos segundos, sofrendo um total de 8 gols, a coisa desandou feio. E não se diga que foi falta de empenho, de garra, de espírito de luta ou qualquer outro nome que se queira dar à vontade, expressa por todos, de conseguir a classificação. O que faltou foi tranqüilidade e, em certa medida, melhor futebol.
Isto é, no fundo, o que preocupa pois, após a inesperada eliminação do Corinthians por obra do Tolima, pensava-se que todos os 5 clubes brasileiros, alguns com dificuldade, como Fluminense, por exemplo, e outros mais facilmente, conseguiriam a classificação para as quartas de final. Coisa que, infelizmente, ficou só para o Santos, alçado agora à condição de única esperança de sucesso para o futebol brasileiro nesta Libertadores. E essa não-classificação deve fazer-nos repensar alguns lugares comuns, sobretudo quanto à atual condição de competitividade dos principais clubes no plano continental. Será que o futebol brasileiro está realmente atravessando uma fase delicada ou se trata apenas e tão somente de uma infeliz coincidência negativa ? Sinceramente, ao menos por ora, eu não sei…
Uma 4.a feira negra
Anterior