Passei alguns dias em Maranello falando com muita gente, técnicos, críticos e jornalistas, até mesmo alguns torcedores e conseguí tirar algumas conclusões. Umas contingentes, outras definitivas, todas, para minha forma de pensar, muito interessantes. Embora algumas queira mante-las para mim, já que não desejo provocar polêmicas que possam envolver profundos conhecimentos tecnológicos, especialmente no setor da fluidodinâmica. Assim, por exemplo, não vou entrar no merito da qualidade de um tunel de vento, após ter lido, por parte de alguns críticos, julgamentos que beiram o ridículo.
Isto posto, ficou-me a idéia de que o projeto da atual Ferrari tem pontos positivos e pontos negativos. Nos negativos a idéia, oriunda dos resultados do tunel de vento, de que o carro tinha uma downforce superior à real. O que originou, entre outras coisas, uma tendência à saida de frente que diminui a velocidade em curva, sobretudo na fase de saida, e determina um gasto de pneus mais elevado. Nos pontos positivos uma elevada confiabilidade e a possibilidade de introduzir interessantes modificações no projeto original sem ter que refazer todo o carro.
A isto tudo se soma a tática da mureta de box, que torna os responsáveis geniais quando acertam e bestiais quando erram…isto, naturalmente com a definição, como se diz aqui na Italia, com o “senno di poi”, isto é sabendo já o que aconteceu.
O GP da Turquia, como senti conversando com Alonso 4.a feira passada no restaurante “Montana”, apos te-lo encontrado pela manhã na fábrica, vai, de toda forma, fornecer interessantes indicações em relação ao futuro deste campeonato. Um futuro em que, em minha opinião, o melhor carro pode continuar sendo a Red Bull de Newey, muito mais do que a Red Bull de Vettel e Webber. Isto no sentido de que na equação carro/piloto, o carro ainda vale bem mais…