O GP da Grã Bretanha, décima prova das 19 que compõem este Mundial, teve de tudo. Pequenas batidas, que causaram furos de pneus nos carros de Massa e Vettel, o brasileiro perdendo aí qualquer chance de lutar por ponto e o alemão ainda conseguindo um ótimo, pelas circunstâncias, sétimo lugar. Uma má largada de Alonso e do próprio Vettel, que jogou fora a pole-position conquistada na véspera. Uma fácil vitória de Webber. Um excelente segundo lugar de Hamilton. E, sobretudo, uma antecipada definição dos pilotos ainda com chances de lutar pelo título.
Em minha opinião, o quinteto de postulantes perdeu uma unidade. Alonso acabou pagando pelos erros próprios e pelos erros do box e agora, com seus 98 pontos, está fora da luta pelo título, restrita aos dois pilotos da McLaren (Hamilton e Button) e aos dois da Red Bull (Webber e Vettel). Deste quarteto sairá, com toda certeza, o campeão mundial deste ano, qualquer outro desfecho constituindo-se numa clamorosa surpresa.
O que pode surpreender é que os dois pilotos da Red Bull, que ocupam 3º e 4º lugares na classificação, tenham em maõs o melhor carro da temporada. Claramente a rivalidade interna na equipe Red Bull, que está crescendo a olhos vistos, tem boa parte de responsabilidade nisso, mas é também evidente que os dois pilotos não souberam desfrutar desta vantagem mecânica. Assim as chances de Hamilton, um piloto hoje experiente e de muita classe, cresceram bastante, pois ele conseguiu, mesmo em GPs em que sua Mclaren era claramente inferior aos principais adversários, amealhar alguns pontos importantes. E numa projeção para os nove GPs restantes, se as alterações que iriam ser introduzidas na Mclaren, na Grã Bretanha e que não o foram por não ter dado os resultados esperados mas que poderão ser aperfeiçoadas a curto prazo, pode-se apostar em Hamilton campeão, sem muito medo de errar.
Só quatro pilotos lutam pelo mundial
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