O secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, declarou nestes dias que “o jogo mudou, os jogadores são mais velozes que os árbitros. E portanto temos que ajudá-los. Assim o sistema de arbitragem será modificado”. A declaração é bonita, espelha uma realidade indiscutível que as arbitragens deste Mundial puseram na berlinda, mas permito-me duvidar dela. Muitas vezes, no passado recente ou mais
longínquo, já ouvi, de altos dirigentes da Fifa, que algo seria modificado, tanto nas leis do jogo como em sua interpretação. E que a tecnologia poderia ter seu lugarzinho, pelo menos nas competições de alto nivel. Na prática, nada aconteceu. As declarações serviram para apagar um fogo de momento, desviar as atenções do público e deixar tudo como está. Bem ao estilo das declarações dos políticos, quando de algum escandalo, de que um “rigoroso inquerito” seria logo instaurado para apurar a verdade. No fundo, o que se deseja, é que tudo continue como está. Para isso, a Fifa usa habilmente a International Board, onde as quatro federações britânicas (Inglaterra, Escocia, Pais de Gales e Irlanda do Norte) tem cada uma um voto, para esconder-se atrás de uma votação em que as novidades são sempre recusadas. E apontando para mais uma reunião da International Board, agora em pauta no mês de outubro, deve acontecer o mesmo.
Alguem ousa apostar em claras mudanças ? Eu não arrisco nisso um dolar furado !
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