O prognóstico favorável a Hamilton foi mais que ratificado neste fim de semana com o brilhante piloto inglês dominando todos os adversários, desde a conquista da pole no sábado a uma corrida no domingo em que jamais foi ameaçado pelos adversário, dando-se ainda ao luxo, no final, de assinalar a volta mais rápida.
A esta proeza de Hamilton somou-se o desastre da Ferrari, onde Raikkonen foi sempre superior a Vettel, mas ambos sendo prejudicados por problemas nos pneus. Para Raikkonen, que furou a duas voltas do fim, ainda restou o consolo de conseguir salvar o pódio enquanto Vettel teve que se arrastar na volta derradeira e acabou num obscuro 7º lugar.
Com isso, Hamilton conseguiu, de uma só vez, anular toda a vantagem de Vettel no mundial (era de 20 pontos até então), situando-se a apenas 1 ponto do alemão e deixando bem claro que a luta pelo título está mais aberta do que nunca. Isto quando estamos exatamente na metade do mundial e a sorte, de certa forma, devolveu ao inglês o que lhe tinha tirado antes.
Em relação aos demais pilotos tivemos excelentes provas de Verstappen, Bottas e Ricciardo, cada qual com razões específicas para lembrar com grande satisfação deste GP da Grã Bretanha.
Verstappen conseguiu, logo após a largada, quando os freios de Vettel estavam super-aquecidos e fumaceando. supera-lo e manter a terceira posição protagonizando um duelo que foi um dos pontos altos da corrida. Até obrigar a Ferrari a mudar de tática e chamar Vettel para uma troca de pneus que claramente era prematura.
Bottas, que não tinha ido tão bem nos treino oficial, ficando atrás das duas Ferrari e ainda sendo penalizado em 5 posições por ter trocado de câmbio, teve uma excelente corrida de recuperação, que ao final, com os problemas de Raikkonen e Vettel, lhe valeu o 2º lugar no pódio. Com a conservação do terceiro lugar no mundial, embora agora distanciado 22 (e não mais 15) pontos do companheiro Hamilton. O que significa dizer que, caso ocorra algo com Hamilton, Bottas poderá intrometer-se de vez na luta pelo título.
Finalmente para Ricciardo, que tinha começado muito bem o treino oficial mas depois foi traído pelo motor e teve que largar em penúltimo, a corrida foi uma prova de contínua superação, com seguidas ultrapassagens que acabaram levando a um ótimo (pelas circunstâncias) 5º lugar e ratifica sua quarta colocação no mundial.
Quanto a Massa, às voltas com uma Williams que certamente não figura, nem de longe, entre os melhores carros, seu 10º lugar deve ser considerado como mais 1 ponto a somar em sua classificação.
Do ponto de vista técnico, foi marcante a superioridade da Mercedes sobre a Ferrari, mostrando que as evoluções dos dois carros foram, em Silverstone, bem mais marcantes para a atual líder da Copa dos Construtores, onde lidera folgadamente com 330 pontos contras os 275 da Ferrari.
Agora resta aguardar, daqui ha duas semanas, o GP da Hungria, onde a pista de Budapeste tem características completamente diferentes das de Silverstone, o que deverá propiciar à Red Bull a possibilidade de intrometer-se ainda mais claramente na luta entre Mercedes e Ferrari.